Esse é mais post da série sobre Mapeamento de Processos. Falamos anteriormente dos 7Rs, dos fundamentos do mapeamento, da coleta de informações, fluxos, análise de processos e ferramentas. Vamos falar agora sobre desempenho:
Avaliar e medir o desempenho dos processos é essencial para garantir a eficácia e a eficiência operacional de qualquer organização. Através de métricas-chave bem definidas, as empresas podem identificar áreas de melhoria, tomar decisões embasadas e impulsionar o crescimento sustentável.
Algumas das principais métricas- chave para avaliar processos são:
Lead Time: Refere-se ao tempo total necessário para concluir um processo, desde o momento em que é iniciado até o momento em que é entregue ao cliente. Reduzir o lead time pode melhorar a agilidade e a capacidade de resposta da organização.
Taxa de Erros ou Defeitos: Esta métrica avalia a qualidade dos processos, medindo a frequência de erros ou defeitos encontrados durante a execução. Uma baixa taxa de erros indica processos bem estruturados e controlados.
Utilização de Recursos: Esta métrica analisa a eficiência na utilização dos recursos disponíveis, como mão de obra, materiais e equipamentos. Uma alta utilização de recursos pode indicar eficiência, mas também pode levar a problemas de sobrecarga e desperdício. Medida normalmente em reais.
Satisfação do Cliente: Esta métrica reflete a percepção dos clientes em relação aos produtos ou serviços entregues pela organização. Uma alta satisfação do cliente geralmente está associada a processos bem alinhados com as expectativas do cliente.
Taxa de Retrabalho: Mede a frequência com que um trabalho precisa ser refeito devido a erros ou falhas. Uma baixa taxa de retrabalho indica eficiência e qualidade nos processos. Pode existir dentro do indicador de taxa de erros, ou ser mensurado a parte dependendo da importância que se dá ao retrabalho.
Tempo de Setup ou Preparação: Avalia o tempo necessário para preparar equipamentos, máquinas ou sistemas antes do início da produção. Reduzir o tempo de setup pode aumentar a flexibilidade e a produtividade dos processos.
Taxa de Produtividade: Mede a quantidade de produção ou trabalho realizado em relação aos recursos utilizados. Uma alta taxa de produtividade indica eficiência na utilização dos recursos disponíveis.
Taxa de Conformidade: Mede a conformidade dos processos em relação a padrões, regulamentos ou especificações definidas. Uma alta taxa de conformidade indica processos consistentes e confiáveis. Parece mas não é retrabalho, nem erros, ainda que estes possam estar envolvidos. Aqui é a comparação com um padrão estabelecido que pode, ou não, ser um erro.
Tempo de Resolução de Problemas: Mede o tempo necessário para identificar e resolver problemas nos processos. Reduzir o tempo de resolução de problemas pode aumentar a eficiência e minimizar o impacto negativo nas operações.
Custo por Unidade: Calcula o custo médio associado à produção de uma unidade de produto ou serviço. Monitorar o custo por unidade ajuda a identificar oportunidades de redução de custos e aumento da eficiência. É um nível mais avançado de medição mas válido principalmente quando lidamos com fábricas.
Estas são apenas algumas das muitas métricas que podem ser utilizadas para avaliar e melhorar o desempenho dos processos em uma organização. A escolha das métricas mais adequadas dependerá dos objetivos e das características específicas de cada processo e organização.
É fundamental reconhecer que a escolha e a quantidade de métricas de processo devem ser minuciosamente consideradas. Embora seja tentador medir uma ampla gama de indicadores na esperança de capturar todos os aspectos do desempenho operacional, é importante lembrar que a qualidade supera a quantidade.
A adição indiscriminada de métricas pode resultar em uma sobrecarga de informações, bem como sobrecarga operacional da equipe que mede, do dono do processo e envolvidos. Além de dificultar a identificação de áreas críticas que realmente necessitam de atenção. Lembrando sempre da máxima: Quem mede tudo, não mede nada.
A abordagem ideal é selecionar um conjunto cuidadosamente escolhido de métricas que estejam alinhadas com os objetivos estratégicos da organização e forneçam insights relevantes sobre o desempenho dos processos.
Entender que existem momentos, estratégias e priorizações. Pode ser que um mesmo processo em um ano tenha uma métrica que seja relevante para aquela fase de implementação ou da empresa. E em um outro período, com ele amadurecido, passe a utilizar outras métricas.
O que importa é que essas métricas-chave devem ser significativas, mensuráveis e acionáveis, permitindo que a equipe tome decisões informadas e implemente melhorias eficazes.
Além disso, é importante manter um equilíbrio entre as métricas de resultado e as métricas de processo. Enquanto as métricas de resultado, como a satisfação do cliente, fornecem uma visão do desempenho global, as métricas de processo, como o tempo de ciclo e a taxa de erro, ajudam a entender o funcionamento interno dos processos e identificar oportunidades de otimização.
Conclusão
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