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Sensemaking o que é, como ele pode ajudar nas organizações e a relação com os líderes.

Atualizado: 25 de ago. de 2023

O princípio do Sensemaking é fazer-se entender, criar um sentido, dar significado às coisas para que se possa compreender com maior facilidade uma situação ou um problema.


É um termo introduzido por Karl Weick (1969), refere-se a como estruturamos o desconhecido para podermos agir nele.


A partir de três grandes pensamento: chegar a um entendimento plausível - um mapa - de um mundo em mudança; Testar este mapa com outras pessoas através da coleta de dados, ação e conversação; E, em seguida, refinar ou abandonar o mapa, dependendo de quão credível seja.


SENSEMAKING NAS ORGANIZAÇÕES


E o sensemaking auxilia essa interpretação, lançando um olhar sobre o todo. Em termos de gestão, o sensemaking permite uma compreensão do que está acontecendo nesses ambientes, facilitando a visão, relacionamentos e a criação.


Pode significar aprender sobre a mudança de mercados, migração de clientes ou novas tecnologias, aprender sobre a cultura, a política e a estrutura de um novo empreendimento ou sobre um problema nunca visto.


E nesse contexto um papel se destaca, o do líder.



PAPEL DO LÍDER E O SENSEMAKING


No MIT o sensemaking é tão importante, que é ensinado como um recurso de liderança, pois está intrinsecamente entrelaçado com a criação de conexões, a construção de uma visão e a implementação de mudanças.


O líder com essa capacidade, consegue ver o todo, e o particular, e as relações entre as partes.


“O que distingue os grandes líderes dos líderes médios é sua capacidade de perceber a natureza do jogo e as regras pelas quais ele é jogado, enquanto o jogam”. Joseph Jaworski e Claus Otto Scharmer (2000).



O QUE ACONTECE QUANDO O SENSEMAKING É IGNORADO


Vamos para um caso real:


Em uma determinada empresa, líderes lançaram uma nova iniciativa para incentivar os funcionários de nível inferior a oferecer sugestões e ideias para novas maneiras de trabalhar e inovações.



Para receberem as sugestões, os funcionários foram chamados a uma grande sala de conferência, com assentos arrumados, atmosfera formal e seus respectivos chefes e diretores como mediadores.


Essa atmosfera impediu as pessoas de falarem, pois se sentiram controlados e avaliados.



Se você achou um absurdo, ótimo! Mas casos parecidos com esse são bem mais comuns do que imagina, acontece o tempo todo em negociações, vendas, lançamento de produtos, entrevistas de emprego, etc.



SENSEMAKING EM GRANDES PASSOS


1 - EXPLORAR O SISTEMA AMPLAMENTE



Seja muito sensível às operações. Aprenda com os mais próximos da linha de frente, com os clientes e com as novas tecnologias.

Ouça e questione todas as partes interessadas, internas e externas, que foram identificadas.


Faça entrevistas formais e informais, relatórios, mídia social e outros conteúdos on-line são fontes valiosas de informações que podem ser aproveitadas.


E mais importante, persiga opiniões que diferem por conta própria, deve adiar a formação de opiniões até que dados suficientes tenham sido coletados.


2 - CRIAR UM MAPA DA SITUAÇÃO ATUAL



Deixe o mapa ou a estrutura apropriada emergir da sua compreensão da situação, evite fazer algo já se baseando na concepção existente. Coloque a situação emergente em uma nova estrutura. Use imagens, metáforas e histórias para capturar os elementos-chave da nova situação.

3 - AGIR PARA ALTERAR O SISTEMA E ASSIM APRENDER MAIS SOBRE ELE


Aprenda com pequenas experiências, antes de ampliar a ação para impulsionar a mudança. Se você não tem certeza de como um sistema está funcionando, tente algo novo, mas pequeno.


Teste suas suposições com experimentos, através de experiências de baixo risco. Inclua novamente as partes interessadas, incluindo aqueles que se opõe à mudança, e os que serão afetados.





CONCLUSÃO

Sensemaking é uma arma contra o viés cognitivo, que são as nossas intenções que nos sabotam, queremos fazer algo e decidir, e acabamos procurando coisas para fortalecer nossa opinião, e não o contrario.



Alguns conceitos e práticas recentes alinhadas com o sensemaking são o design thinking, ux, customer centricity, etc. Estes tem suas raízes conceituais nesse conceito.





​A apresentação desse artigo você encontra em:


Referências


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