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Lições de Negócios em Séries: American Playboy: The Hugh Hefner Story




Mais um post sobre lições de negócios em séries, extraindo e refletindo sobre conhecimentos de Administração. A intenção nunca é a crítica da série, mas fazer paralelos com o mundo dos negócios.


Hoje abordaremos o documentário: American Playboy. The Hugh Hefner Story, são apenas 10 episódios, que tratam sobre a vida do fundador da famosa revista Playboy.



RESUMO


Lançado e produzido pela Amazon, a série mistura imagens e vídeos de arquivos e entrevistas com uma parte de ficção encenada por ótimos atores para contar sobre vida de Hefner e sua maior criação.


Além de contar a história da revista Playboy, a série fala do American Dream, do life style que a Playboy criou, da Era da Publicidade gerada, e de vários pontos importantes da história americana que tiveram ligações diretas com a revista, inclusive, a ascensão do Feminismo e a luta contra o preconceito racial.


Hugh Hefner é, certamente, conhecido por ter sido um sujeito mulherengo e extremamente rico. Porém, o que muita gente não sabe é a genialidade por trás disso tudo, podendo até mesmo ser comparado com o Walt Disney que assim como este teve enorme impacto na cultura global.


A criação da Playboy aconteceu na década de 50, em Chicago, num período onde mercado editorial americano apresentava-se extremamente conservador. Diversos outros problemas e pontos interessantes são abordados como a ideia do nome da revista, a criação da logomarca, montagem da equipe e até a escolha da primeira capa com a Marilyn Monroe. É um show de empreendedorismo, organização e inovação que qualquer administrador, empresário e empreendedores (atuais e futuros) precisam assistir. São várias lições que podem ser aprendidas mas irei destacar as que me chamaram mais atenção.


LIÇÃO 1 - PERFECCIONISMO DO BEM


Em janeiro de 1952, Hefner deixou seu emprego como redator de uma revista depois que lhe foi negado um aumento de US$ 5. Em 1953, ele pegou um empréstimo e levantou US$ 8.000 de 45 investidores para lançar o que depois seria chamada de Playboy, inicialmente "Stag Party". A primeira edição foi publicada em dezembro de 1953 e contou nada menos com Marilyn Monroe.


E ai você se pergunta como ele conseguiu a foto nua de uma das mulheres mais famosas de todos os tempos. Sua equipe ficou responsável por coletar centenas de fotos de modelos nuas e apresentar para Hefner, mas ele não achava nenhuma interessante de verdade para ser a capa, principalmente do primeiro número da revista.


Ele queria alguém especial, e assim na sua busca por alguém especial descobriu que um fotógrafo possuía fotos dela no início da carreira. Foi então até esse fotógrafo com os últimos mil dólares que possuía disposto a gastar tudo para comprar uma foto. Mas antes de oferecer, perguntou quanto ele queria pela foto, sem demonstrar muito desespero. O mesmo disse 600 dólares, o que era menos do que ele pensou, e ainda aproveitou e disse que pagaria 500 mas para ter todas as fotos dela. Com isso, sua primeira edição virou lendária tendo não somente a capa, mas também o conteúdo com as fotos dela. Essa primeira edição vendeu mais de 50.000 cópias e sem dúvidas todos acreditam que o principal motivo foi a sua capa.


Além dessa rápida lição de negociação, sabendo que a primeira edição de uma revista é especial, ele não podia se contentar com uma modelo qualquer na capa da revista. Já existiam outras revistas com nudez, precisava de algo diferente e não descansou até que conseguiu. É um claro exemplo de perfeccionismo, que no geral costuma atrapalhar, costumo dizer que o ótimo e inimigo do bom. Mas apesar do risco financeiro que correu, ele não colocou a revista em grande atraso ou inviabilização da publicação, e ainda obteve um sucesso estrondoso. E ainda que o perfeccionismo possa não ser necessariamente positivo, a motivação nesse caso para isso é valida pois a capa da primeira edição de uma revista certamente tem um valor diferenciado.



LIÇÃO 2 - TRABALHO JUNTO Á EQUIPE


Obviamente uma revista publicada a nível nacional não poderia acontecer com uma pessoa trabalhando sozinha. E Hefner nunca pensou nisso, desde sua demissão, ele imediatamente percebeu que precisava, não só de pessoas com conhecimentos e habilidades que ele não tinha, mas também de pessoas confiáveis e que estariam dispostas a dividir e realizar o sonho junto com ele.


E isso você pode perceber ao longo da série, e em todos os momentos de expansão da revista e do negócio. Sim, a Playboy, não se limitou a ser apenas uma revista, ela foi também diferentes programas de TV, um clube privado, hotel, cassino, casa noturna, produtos de beleza, loja de roupas, canal de TV e muito mais. Uma grande lição também de diversificação do negócio.


E em todos esse negócios, ele sempre tentava contratar alguém que possuía já uma grande experiência no assunto, mas sem perder a visão inovadora de quem era totalmente fora do assunto. E isso, de acordo com ele mesmo, foi o diferencial, pois conseguia ver as coisas de uma maneira não viciada, inserindo diversos elementos modernos e de inovação em negócios que já existiam, ainda que a operação fosse depois tocada por alguém que tivesse mais experiência no negócio.


E um último ponto, ainda em relação a equipe, é que muitas vezes ele não contratava necessariamente gente que possuía um grande conhecimento técnico em determinado assunto, mas pessoas que ele enxergava que tinham um grande potencial, ainda que não soubessem do assunto, mas que fariam de tudo para aprender e serem bons naquilo. Era algo mais relacionado a confiança, vontade de fazer e capacidade de aprender do que necessariamente ser o expert do assunto.





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